Desculpe, poeta

O Quintana meteu o pau
Com elegância e maestria
Nas rimas do dia-a-dia.

Rimas pobres,
Previsíveis,
Sofríveis.
Não acrescentam uma gota de suspense
À nossa infindável agonia. 

Rimas que cometi.
Mario não cometeria 
Nem para se divertir.


Versos calados
Menores que a poesia,
Maiores que a sabedoria
Dos estudados.

Resta o verso safado.
Quintana no túmulo não se aguenta. 
Caixão arranhado,
Unhas sangrentas

(Desculpe, poeta!).

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