Da morte de Zelia Gattai I
Olá Zélia querida”,
Talvez diga Jorge, na entrada do Paraíso.
“Demoraste, amada”.
E os dois cruzarão o portão
De mãos dadas
Mal chegada, vai debater
Para passar o tempo que não passa.
Na roda Vinicius com seus sonetos,
Drummond com seu roupão,
Rosa com seu caderninho,
Jorge e Zélia com o coração.
Falarão longamente,
Que tempo não é mais problema.
A prosa que é rouca, a poesia louca,
Quem precisa de outro tema?
MC, 23/06/2008
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