Da poesia
Há algo
de oculto que me intriga na identidade da real poesia.
Não está na emoção, não está na razão.
Algo metafísico, místico, que escapa ao meu entendimento.
É aquela sensação que temos quando o autor
nos presenteia com uma rima bem colocada, inteligente... ou quando simplesmente
abre mão da rima e da métrica, enfiando palavras que vão nos conduzindo numa
viagem sem volta.
Sinto que o verdadeiro poeta faz do leitor
seu parceiro, seu co-autor. Permite que a poesia só se complete quando alguém
dá o sentido estético-poético àquele amontoado de palavras e significados,
através da leitura. Aí, o leitor vira poeta. Um poeta que pode ser o estudioso
do parnasianismo, ou a faxineira curiosa que lê de vez em quando.
Há
inegável beleza nisso.
MC, 6/07/2008
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