Escolhas

 



O dia chega ao fim e o que temos é um conjunto de escolhas feitas. 

Para cada coisa que decidimos fazer existe uma infinidade de outras que não fizemos.

Cada minuto pode ser empregado numa navegação por redes sociais, na escrita de um texto, na simples observação dos passarinhos no jardim ou da chuva batendo na janela. 

Por mais que sejamos especialistas em cálculo e projeções, jamais saberemos se fizemos a melhor escolha. 

Pensar nisso, desconfio, é uma má escolha. Pode levar uma pessoa à loucura, só de imaginar os universos paralelos que não foram criados porque ela decidiu ficar em casa em vez de sair para beber, ou ler um livro em vez de assistir TV. 

A saída para beber poderia ter resultado numa ressaca inesquecível - ou no encontro do amor da sua vida. A leitura do livro poderia te fazer perder o plantão do Jornal Nacional, avisando que um cometa vem de encontro à Terra; por outro lado, optar pela TV poderia lhe tirar o simples prazer de descobrir o encanto que o silêncio pode gerar. 

Ficar parado pode lhe matar de tédio; ficar em constante movimento pode lhe matar de tédio. O oposto também pode ser verdade. Muito pelo contrário.

Escolher exige muita coragem, sempre, porque por mais que se tente prever o futuro, não existe a certeza de que a opção escolhida vai dar certo, ou foi a melhor, ou pelo menos evitou o pior. A resposta para essas dúvidas normalmente demora a chegar. Só mesmo no fim da trilha. E muitas vezes é surpreendente. 

Não há como fugir. Mesmo não escolher é uma escolha - e traz consequências. 

Diante disso, só lhe resta uma opção: viva em paz com suas escolhas e seja feliz.


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