Livros
Nunca se cansam de entreter e não se magoam quando os cansados somos nós, a largá-los sobre o sofá ou na cabeceira da cama. Basta retomá-los a qualquer hora do dia ou da noite e ali estão, prontos, solícitos, dispostos a continuar exatamente de onde o marca-página indica que paramos.
Nenhuma mágoa pelo abandono recente, nenhuma cobrança, nenhuma queixa.
Livros apenas fazem aquilo para o que foram feitos: divertir, ensinar, transportar em viagens fantásticas por mundos reais ou inventados, pelo custo irrisório do preço de capa; a passagem mais barata que existe.
Finalmente lidos, depois de provocarem as mais variadas emoções, são condenados pela nossa ingratidão a jazer num canto, juntando poeira. E ainda assim mantém a nobreza na masmorra da estante, à espera do resgate por um próximo leitor. Quem sabe, mais gentil.
Comentários
Postar um comentário